tag:blogger.com,1999:blog-24365087703112641082023-11-16T05:34:31.360-08:00ALFAIATES POTIGUARESSTPM JOTA MARIA - MOSSORÓ-RN, 18 DE JANEIRO DE 2012Jota Mariahttp://www.blogger.com/profile/17806061626857691277noreply@blogger.comBlogger5125tag:blogger.com,1999:blog-2436508770311264108.post-70899466825037835372012-01-18T12:10:00.000-08:002012-01-18T12:13:53.240-08:00CICILIO DA ROCHA FORMIGA, PRIMEIRO ALFAIATE DE ALEXANDRIA-RN<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.0976563) 1px 1px 5px; background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-color: rgb(238, 238, 238); border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1px; border-left-color: rgb(238, 238, 238); border-left-style: solid; border-left-width: 1px; border-right-color: rgb(238, 238, 238); border-right-style: solid; border-right-width: 1px; border-top-color: rgb(238, 238, 238); border-top-style: solid; border-top-width: 1px; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.0976563) 1px 1px 5px; color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; margin-bottom: 0.5em; margin-left: auto; margin-right: auto; padding-bottom: 5px; padding-left: 5px; padding-right: 5px; padding-top: 5px; position: relative; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHjDJ8z46IWRpDnM2knhYjKsWQX9z7Mz_quAd0rLLatiZG8XA6iOrdkS-ThnzCwSBphYA7Xgtdfb2FwgyI8FxCI9kVF71jRx1fF42HjeyomPcMHh8Lqyg1TNRjVRng39rs69WqR3ff3jX-/s1600/cecilio+formiga.bmp" imageanchor="1" style="color: #2288bb; margin-left: auto; margin-right: auto; text-decoration: none;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHjDJ8z46IWRpDnM2knhYjKsWQX9z7Mz_quAd0rLLatiZG8XA6iOrdkS-ThnzCwSBphYA7Xgtdfb2FwgyI8FxCI9kVF71jRx1fF42HjeyomPcMHh8Lqyg1TNRjVRng39rs69WqR3ff3jX-/s1600/cecilio+formiga.bmp" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.0976563) 0px 0px 0px; background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-style: none; border-color: initial; border-color: initial; border-color: initial; border-color: initial; border-left-style: none; border-right-style: none; border-top-style: none; border-width: initial; border-width: initial; border-width: initial; border-width: initial; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.0976563) 0px 0px 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; position: relative;" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="font-size: 11px; text-align: center;">CICILIO FORMIGA, FOTO EXTRAÍDA DO BLOG JOTA GOMES</td></tr>
</tbody></table><span class="Apple-style-span" style="color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br />
</span><br />
<div style="color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; line-height: 18px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: #242c2d; font-family: Verdana, Geneva, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-large;"><u><i>CICÍLIO DA ROCHA FORMIGA,</i></u></span></b><span class="Apple-style-span" style="font-size: xx-small;"> conhecido por CICÍLIO ALFAIATE, natural de Alexandria-RN, nascido a 10 de maio de 1922, filho de FRANKLIN DA ROCHA FORMIGA, natural de Catolé do Rocha-PB e de INÁCIA MARIA DA CONCEIÇÃO, natural e Catolé do Rocha, nascida a 5 de abril de 1891 e falecida em 7 de junho de 1973, filha do Capitão Antonio Pereira Nobre. grande fazendeiro do sertão paraibano. O Alfaiate Cecílio dedicou 72 anos de seus 88 anos de existência na arte de corte e costura, sendo o primeiro alfaiate de Alexandria e Região. Ele iniciou sua profissão no dia 6 de fevereiro de 1938. Seu Cicilio repassou várias informações da terra da Barriguda, para este blogueiro no período de 1998 a 2002, quando residi na cidade de Alexandria</span></span><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-size: xx-small;"><br />
</span></span></div><div style="color: #222222; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: #242c2d; font-family: Verdana, Geneva, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: xx-small;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse;">Cicilio faleceu em Mossoró no dia 2 de abril de 2010</span></span></div>Jota Mariahttp://www.blogger.com/profile/17806061626857691277noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2436508770311264108.post-5836269072781628572012-01-18T12:08:00.005-08:002012-01-19T01:33:37.197-08:00ALFAIATE JOSÉ PEREIRA ROCHA<img src="http://www.saltoagulha.com/wp-content/uploads/2011/04/MG_01421.jpg" /><br />
<br />
<div style="font-family: 'Lucida Grande', 'Lucida Sans Unicode', 'Lucida Grande', 'Lucida Grande', 'Lucida Grande', Verdana, Arial, sans-serif; line-height: 19px; text-align: center;"><strong><span class="Apple-style-span" style="color: blue; font-size: x-large;">Alfaiates.</span></strong></div><div style="font-family: 'Lucida Grande', 'Lucida Sans Unicode', 'Lucida Grande', 'Lucida Grande', 'Lucida Grande', Verdana, Arial, sans-serif; line-height: 19px; text-align: center;"><strong><span class="Apple-style-span" style="color: blue; font-size: x-large;">Sim, eles ainda existem!</span></strong></div><div style="color: #333333; font-family: 'Lucida Grande', 'Lucida Sans Unicode', 'Lucida Grande', 'Lucida Grande', 'Lucida Grande', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 19px; text-align: justify;">No ano passado um vídeo circulava pelas caixas de email dos fashionistas, mostrando o processo de produção de ternos em uma fábrica na Turquia. As imagens eram a tradução fiel e literal do termo <em>fast fashion</em>. Os ternos eram confeccionados com a mesma velocidade em que batatas fritas saltam dos balcões de lanchonetes para as mesas dos clientes. Os funcionários da fábrica não eram costureiros, mas sim operadores de máquinas. E isso me fez pensar no trabalho dos alfaiates. Será que eles ainda existem? E se há sobreviventes, será que ainda há trabalho para eles?</div><div style="color: #333333; font-family: 'Lucida Grande', 'Lucida Sans Unicode', 'Lucida Grande', 'Lucida Grande', 'Lucida Grande', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 19px; text-align: justify;">Para responder a esses “aindas”, fui conhecer seu Ebenézer, alfaiate há sessenta anos, no bairro do Alecrim. A primeira boa surpresa é que não lhe falta trabalho. Durante mais de duas horas de entrevista, a campainha e o telefone não pararam. Clientes antigos vinham pegar suas encomendas, e os novos ligavam para marcar horário. Um deles é o comerciante Eduardo Mendes, que procurou o alfaiate depois que teve os ternos quase destruídos em uma famosa rede que oferece serviços de costura e consertos. “Tenho dificuldade de encontrar ternos nas lojas. O caimento nunca fica bom, e sempre preciso fazer ajustes. Levei meus ternos a esse lugar famoso para ajeitar, e fizeram um estrago grande. Minha irmã sugeriu então que eu procurasse um alfaiate. Nem sabia se ainda existia isso, mas haviam me dito que tinha um aqui no Alecrim. Vim como quem procura assim um animal em extinção! Ainda bem que consegui encontrá-lo”, comemora.</div><div style="color: #333333; font-family: 'Lucida Grande', 'Lucida Sans Unicode', 'Lucida Grande', 'Lucida Grande', 'Lucida Grande', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 19px; text-align: justify;">Seu Ebenézer recebe os clientes com muitas piadas, e vai logo oferecendo um cafezinho. O bom humor e o riso fácil são suas principais características. Quando pedimos que ele faça uma comparação entre o ritmo frenético de produção nas fábricas e o trabalho artesanal do alfaiate, ele se sai com essa: “Eu corto uma calça em 3 minutos, ninguém faz isso mais rápido que eu. Pode procurar em qualquer lugar do mundo! Falaram meu nome até no programa da Hebe, e teve um tempo que queriam me levar para um programa de TV pra mostrar isso” conta, referindo-se ao que deve ter sido o precursor do “se vira nos 30”.</div><div style="color: #333333; font-family: 'Lucida Grande', 'Lucida Sans Unicode', 'Lucida Grande', 'Lucida Grande', 'Lucida Grande', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 19px; text-align: justify;"><strong>História</strong></div><div style="color: #333333; font-family: 'Lucida Grande', 'Lucida Sans Unicode', 'Lucida Grande', 'Lucida Grande', 'Lucida Grande', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 19px; text-align: justify;">Ele nasceu José Tácito Pereira Rocha. O nome Ebenézer – que em hebraico significa “até aqui nos ajudou o senhor”- foi adotado aos treze anos, quando conta ter “ouvido um chamado de Deus”. E se podemos considerar precoce receber um “chamado divino” aos treze, o que dizer de iniciar uma carreira na mesma idade? José Tácito, então aluno da Escola Industrial de Natal, virou Ebenézer na mesma época em que começou a costurar, ainda menino. O curso não chegou a concluir, pois precisava trabalhar. Ele tinha aquela maestria nata, e a certa altura já cortava e costurava melhor que os professores da escola.</div><div style="color: #333333; font-family: 'Lucida Grande', 'Lucida Sans Unicode', 'Lucida Grande', 'Lucida Grande', 'Lucida Grande', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 19px; text-align: justify;">Hoje, aos 73 anos, dá risada quando perguntado porque escolheu a alfaiataria. Diz que só conta se “a máquina não estiver gravando” (foi difícil convencê-lo que eram apenas fotografias, nada de filmagem), e com muita insistência, ele confessa: “Naquele tempo lá na Escola Industrial tinha curso de marcenaria, mecânica, arte em couro e alfaiataria. Eu tirei 10 em todas, menos em alfaiataria. Não gostava de jeito nenhum, porque naquela época dava muito boiola! Meu negócio era jogar futebol e não estudar. Como tinha pouca gente querendo ser alfaiate, o professor disse que me dava 20 pontos pra eu ficar em alfaiataria. Pensando em ganhar esses pontos tudinho sem estudar, eu aceitei!”, confessa. E segue “agora tem uma coisa, com seis meses eu já tava colocando o professor no bolso. Coisa de dom de Deus mesmo”.</div><div style="color: #333333; font-family: 'Lucida Grande', 'Lucida Sans Unicode', 'Lucida Grande', 'Lucida Grande', 'Lucida Grande', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 19px; text-align: justify;">Ao longo desses 60 anos de carreira, o alfaiate cultivou uma vasta e variada clientela. Já fez ternos para quase todos os políticos potiguares, e até Ulisses Guimarães já vestiu as criações de Ebenézer. Tem clientes que estão com ele desde que começou na profissão. “Tenho cliente já com 90 anos, quando eles não podem vir aqui, eu vou atendê-los em casa”, conta.</div><div style="color: #333333; font-family: 'Lucida Grande', 'Lucida Sans Unicode', 'Lucida Grande', 'Lucida Grande', 'Lucida Grande', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 19px; text-align: justify;">Com o trabalho no atelier, Ebenézer criou as duas filhas, e conquistou uma vida confortável. Hoje, por opção própria, vive de forma mais modesta. Ele conta que durante certo período foi um homem vaidoso, orgulhoso dos carros sempre novíssimos que possuía. Mas evita dar mais detalhes sobre essa época. O sigilo é quebrado pela chegada de um amigo que o conhece há décadas. O homem vai logo entregando “quando eu conheci Ebenézer ele andava num carro arrodeado de mulher!”. Nosso entrevistado sorri desconcertado e vai logo tratando de despachar o amigo dedo-duro. Em seguida conta que não gosta de falar sobre esse tempo em que “andou perdido”. E se emociona ao falar que, para ele, o que importa é que “Deus o chamou de volta”. Depois enxuga as lágrimas e abre um sorriso para mostrar o único hábito de vaidade que ainda cultiva. Tira um pente do bolso e passa vagarosamente pelos cabelos, perguntando: “E aí minha filha, ficou bom? Como se pra velho tivesse jeito né?”, e solta mais uma de suas gargalhadas.</div><div style="color: #333333; font-family: 'Lucida Grande', 'Lucida Sans Unicode', 'Lucida Grande', 'Lucida Grande', 'Lucida Grande', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 19px; text-align: justify;"><strong>Alzheimer</strong></div><div style="color: #333333; font-family: 'Lucida Grande', 'Lucida Sans Unicode', 'Lucida Grande', 'Lucida Grande', 'Lucida Grande', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 19px; text-align: justify;">Seu Ebenézer não aparenta a idade que tem. Até o ano passado ainda jogava futebol, “e corria os noventa minutos, escreva aí!”, enfatiza. No momento está longe dos gramados por causa de uma cirurgia de próstata. Mantém a boa forma com uma alimentação sem excessos. “Como pouco, e não gosto de nada gorduroso. Minha mulher adora um queijo de manteiga. Eu não chego nem perto, atleta não come queijo!”, brinca.</div><div style="color: #333333; font-family: 'Lucida Grande', 'Lucida Sans Unicode', 'Lucida Grande', 'Lucida Grande', 'Lucida Grande', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 19px; text-align: justify;">Além disso, se mantém longe da televisão (esse sim deve ser um grande segredo de longevidade), diz não gostar da programação da TV aberta atualmente, e quando não está trabalhando, aproveita pra dormir. Nos fins de semana, ele chega a dormir 12 horas por noite, marcadas e contadas no relógio.</div><div style="color: #333333; font-family: 'Lucida Grande', 'Lucida Sans Unicode', 'Lucida Grande', 'Lucida Grande', 'Lucida Grande', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 19px; text-align: justify;">Por causa disso tudo, é impossível não se surpreender quando ele conta que tem Alzheimer. “Estou com a mesma doença da minha mãe”, sentencia. Mas seu Ebenézer descobriu uma maneira de driblar a situação. “O médico me disse – leve a vida sempre brincando que você vai enganando a doença. E assim eu faço. Quando eu venho no ônibus que vejo uma criança eu faço logo uma careta. Aí o menino diz<span style="color: #c5000b;">: </span>– Mãe aquele velho estirou a língua pra mim. Quando a mãe olha pra mim eu to com a maior cara de velho bonzinho. Depois a criança começa a rir, e isso eu já tiro meu dia todinho na brincadeira”.</div><div style="color: #333333; font-family: 'Lucida Grande', 'Lucida Sans Unicode', 'Lucida Grande', 'Lucida Grande', 'Lucida Grande', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 19px; text-align: justify;">Além do bom humor, o trabalho parece ser também uma arma poderosa na luta para manter suas próprias lembranças. Todos os pedidos e as fichas dos clientes, estão escritos em cadernos de capa escura e folhas pautadas, em um sistema que só ele entende. Sempre que esquece alguma coisa sobre um cliente, ele consulta o caderno.</div><div style="color: #333333; font-family: 'Lucida Grande', 'Lucida Sans Unicode', 'Lucida Grande', 'Lucida Grande', 'Lucida Grande', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 19px; text-align: justify;">Mais um cliente chega. Uma nova folha do caderno a ser preenchida, e hora de concluir a visita e deixar nosso alfaiate trabalhar em paz. Na despedida, a última piada “Se essa máquina conseguir viver depois dessa, já é uma sorte. Esse tempo todinho tirando retrato de velho, é um negócio sério, viu?”</div><div style="color: #333333; font-family: 'Lucida Grande', 'Lucida Sans Unicode', 'Lucida Grande', 'Lucida Grande', 'Lucida Grande', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 19px; text-align: justify;">Antes de ir faço uma ultima pergunta só para confirmar a resposta que já intuía: -O senhor pensa em parar de trabalhar e descansar durante um tempo? “Nunca minha filha! Só quando eu morrer ou minhas mãos endurecerem e eu não puder mais segurar a tesoura.”</div><div style="color: #333333; font-family: 'Lucida Grande', 'Lucida Sans Unicode', 'Lucida Grande', 'Lucida Grande', 'Lucida Grande', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 19px; text-align: justify;">É confortante saber que enquanto o mundo produz ternos em larga escala, através de um processo totalmente impessoal, ali no Alecrim teremos durante muito tempo ainda um senhor habilidoso, empunhando sua tesoura e fazendo ternos como antigamente.</div><div style="color: #333333; font-family: 'Lucida Grande', 'Lucida Sans Unicode', 'Lucida Grande', 'Lucida Grande', 'Lucida Grande', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 19px;"><em><span style="color: #993300;"><span style="color: black;">(Lembrando que a Revista Salto Agulha pode ser lida aqui no blog, no item </span><span style="color: black;">“<a href="http://saltoagulha.com/revista/" style="color: #660000; text-decoration: none;" target="_blank">Revista</a>“</span><span style="color: black;"> do Menu. Ou, se preferir, você pode acessar a </span><span style="color: black;"><a href="http://saltoagulha.com/revista/SaltoAgulha.pdf" style="color: #660000; text-decoration: none;" target="_blank">versão em PDF</a></span><span style="color: black;">. Já quem aprecia o papel, pode pegar seu exemplar impresso nas Lojas <strong>Spicy</strong> ou<strong>Bain Douche </strong>do Midway Mall.)</span></span></em></div><div style="font-family: 'Lucida Grande', 'Lucida Sans Unicode', 'Lucida Grande', 'Lucida Grande', 'Lucida Grande', Verdana, Arial, sans-serif; line-height: 19px;"><i><span class="Apple-style-span" style="font-size: 12px;">FONTE:</span><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"> <a href="http://saltoagulha.com/">SALTO AGULHA</a></span></i></div>Jota Mariahttp://www.blogger.com/profile/17806061626857691277noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2436508770311264108.post-85160064391758970532012-01-18T12:08:00.003-08:002012-01-18T12:08:40.044-08:00maisJota Mariahttp://www.blogger.com/profile/17806061626857691277noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2436508770311264108.post-3586178976503494272012-01-18T12:08:00.001-08:002012-01-19T02:41:44.001-08:00A REVOLTA DOS ALFAIATES E OS LIVROS DE CIPRIANO BARATA<div class="post-body entry-content" id="post-body-5590543779045321683" style="color: #660000; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 14px; font-weight: bold; line-height: 1.5; position: relative; width: 598px;"><div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: center;"><strong><span style="color: #cc0000; font-family: Verdana, sans-serif;">By </span></strong><a href="http://tokdehistoria.wordpress.com/author/tokdehistoria/" style="color: #992c00; text-decoration: none;" title="Ver todos os posts de Rostand Medeiros"><span style="color: #cc0000; font-family: Verdana, sans-serif;"><strong>Rostand Medeiros</strong></span></a><strong><span style="color: #cc0000; font-family: Verdana, sans-serif;"></span></strong></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: center;"><img height="240px" id="il_fi" src="http://www.sorayavieira.com.br/uploads/images/parceiros_do_site/personal_marketing/diversos/cidades/sao_miguel/dscn8177.jpg" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.496094) 1px 1px 5px; background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.496094) 1px 1px 5px; padding-bottom: 8px; padding-left: 8px; padding-right: 8px; padding-top: 8px;" width="320px" /></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><strong>Não sei hoje, mas na escola me ensinaram que o nosso país sempre foi considerado uma nação de “paz”, um país “tranquilo”, onde nunca ocorreu uma “grande e sangrenta revolução” e que aqui somos rotulados como um povo “pacífico”.</strong></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: center;"><img alt="" class="size-medium wp-image-2761 aligncenter" height="400px" src="http://tokdehistoria.files.wordpress.com/2011/12/alfaiate11.jpg?w=161&h=300" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.496094) 1px 1px 5px; background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.496094) 1px 1px 5px; padding-bottom: 8px; padding-left: 8px; padding-right: 8px; padding-top: 8px;" title="alfaiate1" width="214px" /></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><strong>Pura balela!</strong></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><strong>Neste nosso vasto país continental, ao longo de sua jovem história, o que não faltaram foram revoltas, insurreições, revoluções, guerras e toda sorte de confusão.</strong></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><strong>Destas muitas revoltas ocorridas em nossa existência, um dos fatos menos lembrados é a chamada Revolta dos Alfaiates, ou dos Búzios, ou ainda Inconfidência Baiana.</strong></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><strong>Este movimento estourou no dia 12 de agosto de 1798, na Bahia e apesar do nome como ficou conhecido, entre seus membros havia sapateiros, alfaiates, bordadores, escravos, além de advogados, médicos e padres.</strong></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: center;"><img alt="" class="size-full wp-image-2756 aligncenter" height="276px" src="http://tokdehistoria.files.wordpress.com/2011/12/images2.jpg?w=490" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.496094) 1px 1px 5px; background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.496094) 1px 1px 5px; padding-bottom: 8px; padding-left: 8px; padding-right: 8px; padding-top: 8px;" title="images" width="320px" /></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><strong>Esta ação recebeu forte influência de outros movimentos como a Revolução Francesa e a luta pela independência dos Estados Unidos, cujos ideais eram propagados principalmente pelos membros das Lojas Maçônicas da Bahia. Igualmente fatores econômicos, o aumento de impostos e a carestia também ajudaram a propagar esta revolta.</strong></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><strong>Não se pode esquecer que em 1763 houve a mudança da capital do país do para o Rio de Janeiro, que até então era Salvador que detinha esta privilegiada condição.</strong></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><strong>A capital baiana sofreu com a perda de recursos e de importância política e as condições de vida da população local vieram a piorar sensivelmente.</strong></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><strong>Em 12 de agosto de 1798, panfletos feitos por Luis Gonzaga das Virgens, um soldado do 1º Regimento de Granadeiros, chamados pelas autoridades de “Boletins Sediciosos”, propagavam pelas ruas da capital baiana ideias como a independência da Província da Bahia de Portugal, a criação de um governo republicano, comércio com nações estrangeiras através da abertura dos portos, aumento de salários dos militares de baixa patente, libertação dos escravos e outras ideias. Os panfletos convocando a população a se posicionar contra o domínio de Portugal foram fixados nas paredes e distribuídos pelas ruas da cidade.</strong></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><strong>Tal como na Inconfidência Mineira, em 1789, os membros mais intelectualizados e abastados eram entusiasmados nos discursos das reuniões as portas fechadas. Mas segundo alguns autores, estes foram incapazes de organizar o movimento de forma objetiva, ficando em intermináveis planejamentos e análises.</strong></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><strong>Para estes estudiosos, os negros foram os mais ativos e acabaram tomando a coordenação da Revolta. A possibilidade de abolição da escravidão trouxe muitos cativos a lutar pela sua liberdade.</strong></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: center;"><img alt="" class="size-full wp-image-2757 aligncenter" height="320px" src="http://tokdehistoria.files.wordpress.com/2011/12/4hl6nhz.jpg?w=490" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.496094) 1px 1px 5px; background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.496094) 1px 1px 5px; padding-bottom: 8px; padding-left: 8px; padding-right: 8px; padding-top: 8px;" title="4hl6nhz" width="157px" /></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><strong>Os panfletos de Luiz Gonzaga chegaram até o então governador da Bahia, que ordenou ao comandante do corpo policial que prendesse os envolvidos. Como é totalmente normal no Brasil, os membros mais populares do movimento foram presos, sofreram terríveis torturas e quatro deles, o soldado Jose das Virgens entre eles, acabaram mortos em praça pública e esquartejados.</strong></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><strong>Para marcar na mente dos baianos a repressão ao movimento, os portugueses deixaram expostos os pedaços dos revoltosos em vários logradouros de Salvador.</strong></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><strong>Já sobre os envolvidos o movimento que eram mais abonados, bem, estes foram condenados a penas mais leves ou tiveram suas acusações retiradas.</strong></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: center;"><a href="http://tokdehistoria.files.wordpress.com/2011/12/httpdiariodonordeste-globo-com.jpg" style="color: #992c00; text-decoration: none;"><img alt="" class="size-medium wp-image-2758" height="400px" src="http://tokdehistoria.files.wordpress.com/2011/12/httpdiariodonordeste-globo-com.jpg?w=214&h=300" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.496094) 1px 1px 5px; background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-style: none; border-color: initial; border-left-style: none; border-right-style: none; border-top-style: none; border-width: initial; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.496094) 1px 1px 5px; padding-bottom: 8px; padding-left: 8px; padding-right: 8px; padding-top: 8px; position: relative;" title="httpdiariodonordeste.globo.com - Fonte - httpdiariodonordeste-globo-com" width="285px" /></a></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: center;"><span style="color: #0c343d; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;"><strong>Cipriano Barata</strong></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><strong>Um dos envolvidos no movimento que possuía uma formação superior foi o baiano Cipriano José Barata de Almeida. Este já foi apresentado no nosso “Tok de História”, em no nosso primeiro artigo (http://tokdehistoria.wordpress.com/2010/12/28/a-vida-do-doutor-barata-em-natal/).</strong></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><strong>Cipriano Barata era uma figura verdadeiramente exótica e de um nativismo exaltado. Nasceu no seio de uma família abastada e formou-se em medicina na Universidade de Coimbra, sendo conhecido na Bahia como “médico dos pobres”. Pela ação prestativa de Cipriano de atender as doenças da população mais necessitada de Salvador e não cobrar nada por este serviço, lhe é creditado a grande adesão de negros a este movimento revolucionário.</strong></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><strong>Homem de ideias liberais e republicanas, influenciado pela Revolução Francesa, irrequieto e combativo, coube a ele no movimento baiano a divulgação entre os mais pobres das ideias de libertação dos opressores portugueses, com a intenção de se criar uma república sem discriminação racial e sem escravidão.</strong></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><strong>Mas com a descoberta da Revolta dos Alfaiates, Cipriano Barata foi um dos presos.</strong></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: center;"><a href="http://tokdehistoria.files.wordpress.com/2011/12/cc3b3pia-de-imagem1devassa1.jpg" style="color: #992c00; text-decoration: none;"><img alt="" class="size-medium wp-image-2759" height="144px" src="http://tokdehistoria.files.wordpress.com/2011/12/cc3b3pia-de-imagem1devassa1.jpg?w=300&h=108" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.496094) 1px 1px 5px; background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-style: none; border-color: initial; border-left-style: none; border-right-style: none; border-top-style: none; border-width: initial; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.496094) 1px 1px 5px; padding-bottom: 8px; padding-left: 8px; padding-right: 8px; padding-top: 8px; position: relative;" title="Cópia de Imagem1devassa1" width="400px" /></a></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: center;"><span style="color: #0c343d; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;"><strong>Devassa na casa de Cipriano Barata - Fonte - Biblioteca Nacional - RJ</strong></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><strong>No processo existente na Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro, sabemos que em 22 de setembro de 1798, quase dois meses após a deflagração do movimento, Cipriano se encontrava detido na cadeia da Relação. Uma velha prisão no centro de Salvador, fundada em 1660 e que funcionava no subsolo da Câmara Municipal.</strong></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><strong>Neste mesmo dia 22 de setembro, por ordem do Desembargador Francisco Sabino da Costa Pinto, foi realizado um “Auto de Sequestro” de 74 livros encontrados na casa de Cipriano pelo capitão Joaquim José de Sousa Portugal.</strong></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: center;"><a href="http://tokdehistoria.files.wordpress.com/2011/12/6710954-l.jpg" style="color: #992c00; text-decoration: none;"><img alt="" class="size-medium wp-image-2760" height="400px" src="http://tokdehistoria.files.wordpress.com/2011/12/6710954-l.jpg?w=165&h=300" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.496094) 1px 1px 5px; background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-style: none; border-color: initial; border-left-style: none; border-right-style: none; border-top-style: none; border-width: initial; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.496094) 1px 1px 5px; padding-bottom: 8px; padding-left: 8px; padding-right: 8px; padding-top: 8px; position: relative;" title="6710954-L" width="220px" /></a></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: center;"><span style="color: #0c343d; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;"><strong>Livo de La Faye</strong></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><strong>Foram encontramos livros técnicos, como “Princípios da cirurgia”, do francês Jorge de La Faye, que foi publicado em língua portuguesa em 1787. Uma outra obra era, “A arte de se tratar a si mesmo nas enfermidades venéreas, e de se curar de seus diferentes sintomas”, do médico francês Edme-Claude Bourru (1741-1823), doutor regente da Faculdade de Medicina da Universidade de Paris e que foi publicado em Portugal no ano de 1777.</strong></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><strong>Encabeçando a lista estava “História das revoluções da República Romana”, em dois volumes e escrito pelo historiador e abade francês René-Aubert Vertot (1655-1735). O autor desta obra escreveu também “História da conspiração em Portugal” e “História das revoluções na Suécia”, o que certamente deve ter deixado o Desembargador Francisco Sabino de orelha em pé. Os autos apontam que este livro poderia ter até sido um dos últimos a terem sido encontrados na casa de Cipriano, mas pelo sugestivo título mereceu estar no topo da lista e assim ser útil para incriminar ainda mais Barata na revolta.</strong></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><strong>Entretanto este é o único livro apresentado no documento que poderia ser enquadrado diretamente, sob uma determinada ótica, como “subversivo”.</strong></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><strong>Além do livro de Vertot, o que a devassa nos livros do revolucionário Cipriano Barata mostra que ele tinha um gosto bem eclético em relação à leitura.</strong></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: center;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><strong> Todos os direitos reservados</strong></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: center;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><strong>É permitida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de<br />
comunicação, eletrônico ou impresso, desde que citada a fonte e o autor.</strong></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: center;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: center;"><strong><span style="color: #660000; font-family: Verdana;">Extraído do blog "Tok de História"</span></strong></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: center;"><strong><span style="color: #660000; font-family: Verdana;">do historiógrafo Rostand Medeiros</span></strong></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: center;"><a href="http://tokdehistoria.wordpress.com/" style="color: #992c00; text-decoration: none;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><strong>http://tokdehistoria.wordpress.com/</strong></span></a></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: center;"><a href="http://blogdomendesemendes.blogspot.com/" style="color: #992c00; text-decoration: none;"><strong><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">http://blogdomendesemendes.blogspot.com</span></strong></a></div></div></div>Jota Mariahttp://www.blogger.com/profile/17806061626857691277noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2436508770311264108.post-38882343330677326452012-01-18T11:29:00.001-08:002012-01-18T11:29:25.465-08:00maisJota Mariahttp://www.blogger.com/profile/17806061626857691277noreply@blogger.com0